quarta-feira, 11 de abril de 2012

Desumano vem aí, botando pra quebrar, lará-lará-lará!!!

Tudo indica que o tal  Desumano será mesmo o futuro mais novo poste apagado a governar a Fortaleza Peba pelos próximos quatro anos. E, a depender de promessas, ele já mostra muito bem a que veio. O moço não é de brincadeira e em nada deixa a desejar a políticos de carreira mais experientes. E olhe que este é principal argumento a pesar contra o seu nome quando se trata da sucessão ao Palácio [mal- assombrado] do Bispo: a inexperiência e seu curtíssimo tempo de exposição na política da capital. Afinal, só em setembro do ano passado o Sr. Desumano foi alçado à condição de Secretário 'Pop' de |DES|Educação, substituindo a famigerada Ana Maria, a Louca, que foi |des|cuidar da Saúde. 


Quando falo que o futuro poste não deixa a desejar em matéria de promessa não cumprida, refiro-me aos tão propalados notebooks, que a Prefeitura fez questão de anunciar desde dezembro - inclusive na mídia paga - para engabelar os otários de plantão com a notícia de "mais um benefício aos professores/as da rede municipal". BALELA!! Estamos em abril e até agora nada, nadinha, neca de pitibiribas, como se diz. 


Na próxima sexta-feira (que, coincidentemente ou não, será 13), quando a Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção - aliás, dizem que até a santa  está envergonhada da cidade que apadrinha - completará seus 286 anos (tão maltrapilha e mal-tratada), também será o aniversário de 4 meses da farsa dos notebooks. E até agora nada! Quem tiver visto algum por aí, favor comunicar à AEB (Agência Espacial Brasileira) ou ao INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os ufólogos que perdoem, mas este notebook virou OVNI. E a novelinha continua, mais esticada que as do ''plim!plim!''. 



No fim de março, em mais uma manobra, Sr. Desumano reuniu suas nobilíssimas, obedientes, bem-treinadas e subservientes diretoras e diretores de escolas para, em alto e bom som, mandar recado aos professores de que entre a última semana daquele mês e a primeira de abril (no mais tardar até o dia 10) todos os mestres estariam com seu brinquedinho em mãos. A conversa, que tanto alvoroço e reboliço causou em nosso meio, não passou de uma bela jogada para ludibriar a categoria, desviar o foco das atenções e ganhar tempo. O que se queria mesmo era dar uma rasteira e liquidar de vez o PCCS da Educação. E quase se conseguiu, não fosse a capacidade de mobilização da classe e o comparecimento dos professores à sessão plenária da Câmara Municipal na última quarta-feira, 4.



Pois bem, na semana passada, mais uma manobra do jogo sujo da prefeita. Tira daqui, corta dali, nós professores perdemos parte da gratificação por regência de classe (passou dos 35% para 20%) e o aumento anunciado que seria de 10% (para graduados, especialistas, mestres e doutores) ficou pela metade - apenas 5%. E é pra se contentar, pra ser feliz e engolir o choro. Pra parar de uma vez por todas de encher o saco e acabar com essa barulheira incômoda e infernal nos ouvidos da titia (ops! Digo, prefeita) Luizianne Lins, já que ela anda tão ocupada, com assuntos tão mais importantes a tratar como, por exemplo, preparar o trono para seu sucessor. 


"Ah... o meu notebook... Quando finalmente o terei em minhas mãos?" Desde agosto só se fala nisso. O maior frisson. Por conta dele esquecemos (uma larga maioria) até o Piso Salarial do Magistério, reajustado em 22,22% desde fevereiro último (segundo anúncio epifânico do próprio Ministro da |Des|Educação, Aloísio Mercadante - também com um nome desse, pudera, né? O nome já diz tudo!). Esquecemos data-base de 1º de janeiro, dentre tantas outras 'cositas'. 

Esta é mais uma crônica anunciada da Fortaleza Peba e capenga. E vamos, que vamos! Até a próxima!  

quarta-feira, 28 de março de 2012

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

As lições da revolução educacional finlandesa para o mundo

Por Leonardo Cazes (leonardo.cazes@oglobo.com.br) | Agência O Globo
Do Portal Yahoo! Notícias


RIO - No ranking do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) 2009, aplicado em 65 países pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a Finlândia alcançou o 3º lugar. O país chama a atenção não só pelos bons resultados, mas por apresentar um modelo diferente dos outros líderes do ranking, China e Coreia do Sul. No lugar de toneladas de exercícios e de um ritmo frenético de estudo, na Finlândia, há pouco dever de casa, e a maior preocupação é com a qualidade dos professores e dos ambientes de aprendizado. Não há avaliações periódicas padronizadas de alunos e docentes, que não recebem remuneração por desempenho. E todo o sistema escolar é financiado pelo Estado.
Em seu livro, "Finnish lessons: what can the world learn from educational change in Finland?" (em uma tradução livre, Lições finlandesas: o que o mundo pode aprender com a mudança educacional na Finlândia?), Pasi Sahlberg, diretor de um centro de estudos vinculado ao Ministério da Educação do país, diz que o magistério é a carreira mais popular entre os jovens e que a transformação no Brasil deve começar pela igualdade de acesso a um ensino de qualidade.
O GLOBO: A Finlândia ocupa a 3 posição no ranking do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), entre 65 países avaliados pelo exame da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No entanto, nem sempre foi assim. Quando começou a transformação na educação finlandesa?
PASI SAHLBERG: A grande transformação do sistema educacional finlandês começou no início da década de 1970, quando foi criado o sistema de ensino obrigatório de nove anos. Todas as crianças do país passaram a estudar em escolas públicas parecidas e de acordo com o mesmo currículo nacional. O principal objetivo desse modelo era igualar a oportunidade de acesso a uma educação de qualidade e aumentar o nível educacional da população. Assim, a reforma educacional não foi guiada pelo sucesso escolar e, sim, pela democratização do acesso a escolas de qualidade. Esse movimento continuou nos anos 90, com a necessidade de uma população mais preparada para o mercado de trabalho.
O GLOBO: Quais foram as bases da revolução educacional finlandesa? Quais são seus pontos fortes?
SAHLBERG: O compromisso da sociedade finlandesa pela igualdade de acesso a uma educação de qualidade foi decisivo. A Finlândia com seus 5 milhões de habitantes não pode perder nenhum jovem. Todos precisam ter uma educação de qualidade. Os pontos fortes do sistema finlandês são o foco nas escolas, para que elas possam ajudar as crianças a ter sucesso; educação primária de alta qualidade, que dê uma base sólida para as etapas seguintes do aprendizado; e a formação de professores em universidades de ponta, que tornaram a profissão uma das mais populares entre os jovens finlandeses.
O GLOBO: No Brasil, muitas políticas públicas sofrem com a falta de continuidade. Isso acontece na Finlândia? O que fazer para garantir a continuidade?
SAHLBERG: A Finlândia manteve uma política pública estável desde a década de 70. Diferentes governos nunca tocaram nos princípios que nortearam a reforma, apenas fizeram um ajuste fino em alguns pontos. Essa ideia de uma escola pública de qualidade para todos os finlandeses foi um consenso nacional construído desde a Segunda Guerra Mundial. É o que no livro eu chamo de "sonho finlandês".
O GLOBO: O mundo parece buscar uma fórmula mágica para a educação. Existe uma fórmula válida para todos?
SAHLBERG: Não, não existe nenhuma fórmula mágica nem um milagre secreto na educação finlandesa. O que fizemos melhor do que outros países foi entender qual é a essência do bom ensino e do bom aprendizado. As crianças devem ser vistas como indivíduos que têm diferentes necessidades e interesses na escola. Ensinar deve ser uma profissão inspiradora com um grande propósito de fazer a diferença na vida dos jovens. Infelizmente, esses princípios básicos deram lugar a políticas regidas pelo mercado em vários países. Essa lógica de testar estudantes e professores direcionou os currículos e aumentou o tédio em milhões de salas de aula. A fórmula para uma reforma da educação em muitos países é parar de fazer essas coisas sem sentido e entender o que é importante na educação.
O GLOBO: O que foi feito na Finlândia e que poderia ser reproduzido em outros países em desenvolvimento, como o Brasil?
SAHLBERG: A pergunta deve ser o que é possível aprender com a experiência finlandesa, não reproduzir. Primeiro, a experiência da Finlândia mostrou que é possível construir um modelo alternativo àquele que predomina nos Estados Unidos, na Inglaterra e em outros países. Mostramos aqui que reformas guiadas pelo mercado, com foco em competição e privatizações não são a melhor maneira de melhorar a qualidade e a equidade na educação. Segundo, é importante focar no bem-estar das crianças e no aprendizado da primeira infância. Só saudáveis e felizes elas aprenderão bem. Terceiro, a Finlândia mostrou que igualdade de oportunidades também produz um aumento na qualidade do aprendizado. É preciso que o Brasil combata essa desigualdade de acesso. Só um plano de longo prazo para a educação e compromisso político possibilitarão que os resultados sejam alcançados.
O GLOBO: Os professores ocupam um papel importante no sistema finlandês. Como prepará-los bem? Um salário atrativo é importante?
SAHLBERG: Professores são profissionais de alto nível, como médicos ou economistas. Eles precisam de uma sólida formação teórica e treinamento prático. Em todos os sistemas educacionais de sucesso, professores são formados em universidades de excelência e possuem mestrado. O salário dos professores deve estar no mesmo patamar de outras profissões com o mesmo nível de formação no mercado de trabalho. Também é importante que professores tenham um plano de carreira, com perspectivas de crescimento e desenvolvimento.
O GLOBO: No Brasil, poucos jovens são atraídos pelo magistério. A carreira atrai muitos jovens na Finlândia?
SAHLBERG: O magistério é uma das profissões mais populares entre os jovens finlandeses. Todo ano, cerca de um a cada cinco alunos que terminam o ensino médio tem a carreira como primeira opção. Há dez vezes mais candidatos para programas de formação de docentes para educação infantil do que vagas nas universidades. A Finlândia tem o privilégio de poder controlar a qualidade dos professores na entrada e depois garantir que só os melhores e mais comprometidos serão aceitos nessa profissão nobre.
O GLOBO: A inclusão das novas tecnologias nas salas de aula vem sendo muito debatida. Como você vê esse processo? Como isso é feito na Finlândia?
SAHLBERG: Tecnologia é parte das nossas vidas e é usada nas escolas finlandesas. Professores na Finlândia usam tecnologia para ensinar de maneiras muito diferentes. Alguns, a utilizam muito e outros raramente. Aqui a tecnologia é uma ferramenta, mas o foco continua sendo na pedagogia entre pessoas, sem tecnologia. A tecnologia não deve guiar o desenvolvimento educacional e, sim, ser uma ferramenta como várias outras.
O GLOBO: Retomando o título do seu livro, quais são, afinal, as principais lições do sistema de educação finlandês?
SAHLBERG: A mais importante das lições é que há uma alternativa para se chegar ao sucesso prometido por reformas guiadas pelo mercado. A Finlândia é o antídoto a este movimento que impõe provas padronizadas, privatização de escolas públicas e remunera os professores com base em avaliações de desempenho que se tornou típico de diversos sistemas educacionais pelo mundo.

Legião Urbana - Tempo Perdido (ao vivo)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Um breve balanço da ges|PT|ão Luizianne Lins

A seguir breves balanços da ges[PT]ão Luizianne Lins em Fortaleza. A dez meses de encerrar um ciclo de poder surpreendente e vitorioso em 2004, a prefeita agora corre para definir o candidato a seu sucessor (pasmem, não há uma mulher entre os cotados). Cinco ou seis são os postulantes, também conhecidos como pré-candidatos a poste.
Vamos lá: a prefeitura anuncia em diversas mídias valorização dos professores, inclusive com doação de notebooks;
AS PERGUNTAS:
1. Que notebooks? Prometidos há quase dois meses, muito se tem alardeado mas o certo é que, até agora, ninguém viu nem a cor de um deles;
2. Que valorização, se até agora não tivemos nosso reajuste salarial (nossa data-base, de acordo com a lei, é 1º de janeiro), engavetado até segunda ordem?

A valorização que a prefeitura propaga deve ser o spray de pimenta com que professores foram atacados na Câmara Municipal durante a greve do ano passado que, diga-se de passagem, reivindicava a implantação da lai Nacional do Piso Salarial do Magistério, aprovada em 2008 e julgada completamente constitucional em abril de 2011 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Lei que aliás, até hoje a prefeitura de Fortaleza não cumpre! Se Fortaleza paga o piso, então queremos o reajuste que a Lei determina, de 22%.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012